Investimentos como o da Satarem America Inc., anunciado na terça-feira (3), pelo vice-governador, Darci Piana, são possibilitados pela atuação conjunta da Superintendência-Geral de Gestão Energética (Supen) com outras instituições do Governo do Estado. O projeto prevê a construção de uma fábrica de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) em Maringá, em um investimento na casa dos US$ 425 milhões (cerca de R$ 2,3 bilhões).

“É mais uma empresa que vem trazer 800 empregos diretos, outros 2 mil a 3 mil indiretos ao Paraná. E ela produz combustível de aviação, um produto que tende a crescer na medida em que as companhias aéreas têm obrigação mundial de chegar em 2050 zerando as emissões de gases de efeito estufa. Para isso, vão precisar usar todo o combustível que a SAF vai fazer em Maringá”, comentou o vice-governador.

Vinculada à Secretaria de Estado do Planejamento, a Supen atuou em conjunto com outras instituições, como as secretarias da Fazenda e da Indústria, Comércio e Serviços, para internalização do convênio materializado no decreto nº 9817/2025, que isenta de ICMS bens destinados ao ativo imobilizado de biorrefinarias fabricantes de SAF, Biometano, Biogás, Metanol e CO2.

“A aprovação do projeto da Satarem America Inc. em Maringá é um testemunho claro da nossa visão para o Paraná: um estado que lidera a transição energética e atrai investimentos que geram desenvolvimento sustentável e milhares de empregos. Na Secretaria de Planejamento, por meio da Supen, temos trabalhado incansavelmente para criar esse ambiente favorável e atrair grandes empresas. Vamos construir um futuro mais verde e próspero para todos os paranaenses, alinhados com as metas globais de descarbonização e com o nosso Plano de Governo Paraná Mais Verde”, falou o secretário do Planejamento, Ulisses Maia.

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A Supen, como ambiente voltado ao tema da energia, tem uma coordenação focada em projetos relacionados a biocombustíveis, como o biogás, biometano, metanol e o SAF (Sustenable Aviation Fuel). Ela já vem atuando em diversas frentes, como tributária – como é o exemplo do decreto 9817, que internalizou o convênio Confaz 161/2024.

Atua também em projetos relacionadas à agência regulatória do Estado, visando a abertura do mercado livre, suporta a agência tecnicamente relacionada a esses temas, junto à Companhia de Gás do Paraná para atração de investimentos para produção de biometano e apoia a companhia em seu atingimento de metas de substituição de gás natural por biometano, entre outros.

O convênio 161/2024 foi aprovado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) durante o Encontro Nacional dos Secretários da Fazenda em dezembro de 2024. Essa integração reforça o alinhamento do Paraná às diretrizes nacionais para estímulo aos combustíveis renováveis, garantindo maior segurança jurídica e uniformidade nas políticas fiscais.

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PROJETO DA SATAREM AMERICA INC. – A obrigação de zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050 faz parte do conceito Net Zero, definido no Acordo de Paris, que visa zerar a emissão de gases de efeito estufa até meados deste século. De acordo com a apresentação da Satarem, as empresas aéreas vão precisar usar 71% de SAF em seus aviões para alcançarem a meta internacional.

O processo de financiamento e emissão da documentação necessária deve seguir até meados de 2026. A partir daí, a construção da fábrica será imediata. Pela programação da empresa, o primeiro litro de SAF deve ser produzido em dezembro de 2028.

Boa parte do que for produzido nesse primeiro momento será destinado à exportação, mas a intenção da Satarem é que uma parcela seja utilizada pela aviação local. Uma segunda planta está nos planos, ampliando a capacidade de produção e, consequentemente, também o consumo de matérias-primas da região, como biogás oriundo da atividade pecuária, por exemplo.

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PARANÁ MAIS VERDE – O estímulo a combustíveis sustentáveis vem recebendo atenção especial do Governo do Estado. Em maio, o governador Carlos Massa Ratinho Junior assinou, com essa finalidade, o Decreto nº 9.817.  A medida tem como objetivo fazer do Paraná uma referência na produção de energia renovável.